A diabetes mellitus é uma condição complexa e crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glucose) no sangue. Da digestão e transformação de alimentos como amidos e açúcares resulta a glucose, a principal fonte de energia do organismo. Os níveis de glicemia são controlados por uma hormona produzida pelo pâncreas, a insulina. Esta é necessária para que a glucose possa ser utilizada pelo organismo como fonte de energia. Quando a insulina é insuficiente ou não é usada como deveria, a glucose acumula-se no sangue e o nível de glicemia fica mais alto do que deveria ser (hiperglicemia).
A educação contínua para a automonitorização da diabetes são essenciais para capacitar as pessoas com diabetes e para prevenir complicações.(1,2)
Diabetes tipo 1 (deficiência de insulina)
Diabetes tipo 2 (perda progressiva da secreção de insulina adequada)
Diabetes gestacional (ocorre durante a gravidez)
Outros tipos específicos de diabetes (devido a outras causas)
O aparecimento do tipo 1 é, normalmente, rápido e os sintomas podem ser intensos. Os sintomas do tipo 2 são, normalmente, suaves (ou nem se manifestam) e surgem ao longo do tempo. Os sintomas comuns aos dois tipos são: (3)
Vontade de urinar frequente
Sensação constante de sede
Muita fome
Perda de peso
Cansaço
Se não lhe foi diagnosticada diabetes e se sofre de algum destes sintomas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Na diabetes tipo 2 o pâncreas produz habitualmente insulina, mas o organismo não consegue utilizá-la eficazmente. Isto faz com que a glicose se acumule no sangue e, portanto, não cumpra o seu papel como principal fonte de energia.
Quem está em maior risco?
Pessoas com excesso de peso;
Pessoas com má alimentação ou falta de exercício;
Pessoas com história familiar de diabetes;
Idosos;
Pessoas que tomam determinados medicamentos.
As pessoas com diabetes podem levar uma vida absolutamente normal e ativa. A única exigência é que aprendam a controlar a sua diabetes.
Os níveis elevados de glicose no sangue podem ser controlados com medicamentos antidiabéticos orais que aumentam a produção de insulina pelo pâncreas e/ou melhoram a capacidade das células do organismo para responderem à insulina;
Nas fases mais avançadas da diabetes tipo 2 pode ser indispensável o recurso à insulina;
Nos doentes com excesso de peso ou que não fazem exercício suficiente, a adoção de alterações adequadas no estilo de vida pode ter um impacto positivo significativo na doença. Assim, o controlo do peso é muito importante no âmbito do tratamento a longo prazo da diabetes tipo 2. Uma perda moderada de peso, da ordem dos 5-10% do peso corporal, pode melhorar os níveis de glicose no sangue bem como a capacidade de resposta do organismo à insulina.