Cerca de 70% das reações adversas a medicamentos notificadas às autoridades de saúde em Portugal são comunicadas pela indústria farmacêutica, que é um motor central no controlo e verificação contínua da segurança dos medicamentos.
Em vésperas do Dia Mundial da Segurança do Doente, assinalado dia 17 de setembro, a Roche junta-se aos apelos da Organização Mundial da Saúde para marcar esta data. A segurança dos medicamentos é, também, um fator decisivo para a segurança do doente e para uma melhor saúde para todos.
Em todo o ano de 2019, o Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento recebeu mais de 11.500 notificações de reações adversas a medicamentos de uso humano. Mais de 8.000 dessas notificações são veiculadas através da indústria farmacêutica.
As notificações dos profissionais de saúde representaram 27% de todas as reações adversas a medicamentos capturadas no sistema nacional de Farmacovigilância no ano passado, e as notificações por parte dos utentes apenas 4%.
A informação que é recolhida através da notificação de reações adversas é vital para garantir a monitorização contínua da segurança dos medicamentos existentes no mercado, permitindo identificar potenciais reações adversas desconhecidas, quantificar e/ou melhor caracterizar reações adversas previamente identificadas e implementar medidas que permitam minimizar o risco da sua ocorrência.
As autoridades de saúde sublinham a importância de estar atento e notificar eventuais reações adversas:
“Podem existir reações adversas, por exemplo raras ou de aparecimento tardio, que não são detetadas durante a fase experimental do medicamento. Estas reações adversas poderão ser identificadas através da notificação espontânea com a utilização mais alargada do medicamento”.
O Infarmed relembra: “Habitualmente existem dúvidas se uma reação adversa é devida, ou não, a um medicamento. Mesmo que se trate apenas de uma suspeita, os profissionais de saúde e/ou utentes devem comunicar essa informação ao Infarmed.”
O uso mais seguro dos medicamentos depende da participação ativa de todos os cidadãos e da constante atenção e vigilância de cada um.
Ao notificar efeitos secundários está a tornar os medicamentos mais seguros e a ajudar os profissionais de saúde a tomarem decisões terapêuticas mais informadas. A notificação ajuda também a adequar melhor o tratamento e a prevenir que outros doentes sintam efeitos secundários no futuro.